sábado, 24 de dezembro de 2011

Seu Beijo

Teu  beijo é a água que me sacia
É a água que mata a minha sede
Como um oásis num deserto
Quente e ressequido vazio e sem vida
Quero beber dessa água
Para molhar meu coração seco,
Ressecado inóspito e sem vida
Para me sentir outra vez preenchido,
Cheio úmido e fresco com essa
Água que bebo no seu beijo.




Meu Presente de Natal

Não quero algo caro, raro grande ou bonito
Não quero algo que se vende, que se compre
Não quero algo que eu use, ou guarde
Nem quero algo que outra pessoa não possa ter
Quero algo gentil, puro, translucido
Quero algo verdadeiro, reciproco, sincero
Quero algo Meigo, simples, e intenso
Quero algo real, que permaneça
Quero o que alguém quer
Quero ser o que quero
Quero que seja o que eu sou
Quero que me queiram como eu quero
Quero ser e ter o amor conjugado em todos
Os tempos e modos e em todas as linguas
Quero ser e que sejas meu presente de natal.

Frase

Estou triste não por estar triste ou ser triste, mas porque a tristeza existe.

Angústia


A noite chega trazendo consigo seu silêncio
Que inunda minh’alma que logo se cala
E por mais que eu tente falar ou pensar
As palavras são vitimadas por meus sentimentos
E a garganta fecha os olhos serramam-se
E no peito o coração se angustia...
Queria gritar mas isso assustaria os vizinhos
Queria chorar até acabar minhas forças
E o meu sono chegar me fazendo adormecer
Como uma criança inocente e despreocupada
E não ver mais nada, só o meu mundo perfeito
Submerso em meus sonhos infantis.
Longe de tudo que me lembre dessa solidão
Que em meu leito me angustia.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ciúme

Meu coração chora por saber que ele não sou eu
Que é a suas mãos que afaga as suas
Que é ele que contempla a flor que me inspira
E me faz perambular sem rumo
A me lamentar, a suspirar por você minha Rosa
Bela, entre todas as mais belas do jardim
Seu perfume invade tudo quando você chega
Como brisa no verão que dá alivio e paz
A mesma paz que meu coração anseia
E que só você será capaz de proporcionar
Você é ar que eu respiro, é o sangue de minhas veias
É o meu caminho, a minha luz!
Sem você não sou nada eu não existo
Ah! Se ao menos eu pudesse tocar-te, abraçar-te
Deixar você sentir meu coração gritando por você
E ouvir meus olhos dizer que te ama
Talvez assim eu pudesse ter-te sempre para mim.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Só um recado

Muitas vezes deixamos as oportunidades abandonadas pelo caminho à nos estender as mãos
Querendo nos alcançar e nos abençoar mudando as nossas com suas dádivas
Mas por sermos obistinadamente cegos por algo que nem enxergamos direito
Não percemos os instantes sublimes onde parece que os céus descem à terra para nos encontrar
E continuamos nossas vidas egoístas chorando pelos cantos como se o mundo houvesse nos esquecido
E nem percebemos que somos nós que exigimos mais do que realmente suportamos
Só é bom lembrar que nem sempre aquilo que queremos está embalado no papel mais bonito
E que as vezes nem embrulho tem, mas está exposto sob todos os olhares chamando a nossa atenção
Só precisamos prestar atenção nos sinais: Seja um sorriso, um olhar timido ou sincero, um aperto de mão
Uma palavra, um gesto de atenção, um momento de silêncio...
E então poderemos agarrar a nossa felicidade. Olhe em volta, preste atenção. Sua felicidade pode estar correndo atrás de você, ou sentada em uma esquina só esperando por você.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Até quando?

Não faz muito que comtemplavamos o mesmo céu
De mãos dadas, sentido o pulsar do sangue em nossas veias
Mas hoje só escuto os gritos de meu coração a te chamar
Meus olhos já não enxerga tanto brilho nas estrelas
E o céu perdeu o seu encanto desde que você partiu
E me partiu, o espirito, a alma e o coração
Que derrama-se em lágrimas escalates, lentamente
E me pergunto até quando reinarás sobre mim solidão?
Até quando viverei apalpando o vazio do meu leito,
Audindo o silêncio em busca de uma voz que me acalente?
Lembrando do passado quando ela estava ao me lado
E em seus braços ela me fazia feliz?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Revelação

Passei tanto tempo olhando as paisagens pelas janelas,
Passei tantas horas deitado sob o céu estrelado,
Passei muito tempo olhando as pessoas nos olhos...
E vi tantas árvores, diversas flores, e tanta vida,
Pude ver tantas estrelas cadentes, tanto brilho,
E tantos sonhos, sorrisos, desejos, sentimentos, amor...
A cada dia que passava sentia-me pleno, grande, e tão feliz,
Por poder contemplar tanta beleza e tanta felicidade,
Mas em meio a tantas janelas que fiquei por trás
Esqueci por tanto olhar em volta e para tantos em minha volta
De me olhar, de me ver, de me enxergar,
E no meu quarto pude ver no espelho
Ali trancado, sozinho alguém que eu não conhecia
Estarrecido, olhei, olhei, olhei procurando o menino
Aquele por quem me conhecia e que não estava ali
O ser tão bom, tão ingênuo, tão puro, tão frágil
Mas não achei deparei-me apenas com um rosto austero
Assustado, marchetado de pequenas marcas do tempo
Com pêlos serrados enfeitando-o ainda mais.
E sozinho num mundo que me iludia eu chorei
Chorei por não ter visto a minha vida passar
Por não ter percebido que olhando as cenas nas janelas
Elas nunca me deixaram ver que eu crescia
E o homem que eu me tornava.
Chorei por que meus olhos não viram a solidão chegar
Junto com os anos da minha vida que hoje tenho
E que vejo no reflexo dos meus olhos... No espelho.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O amor

O homem tende sempre a complicar o que por natureza deveria ser simples e acaba por tornar tudo mais difícil. Seja a linguagem, seja a forma de vida, seja o comportamento ou até mesmo aquilo que está mais intrinsecamente arraigado à natureza humana: os sentimentos. Por inúmeras vezes nós temos deixado que nuvens escuras encubram os nossos olhos impedindo que eles sejam vistos, como que para esconder os nossos reais sentimentos, muitas vezes baixamos a cabeça, desviamos o olhar e até fingimos sentir algo que não está ali. Só para nos gabarmos de não precisar de ninguém, mas o que acabamos descobrindo é que nós sempre precisamos. E quando percebemos isto descobrimos que é impossível não desmoronar, não revelar o quão frágil e dependente nós somos.
O que a maioria das pessoas não sabe é que há uma imensidão de pessoas por ai em sua simplicidade, que apesar de todos os perigos que a nossa atual sociedade impõe vive na simplicidade de uma criança. Quem disse que para se viver bem é necessário possuir um ipod, uma TV de plasma, ou AP de luxo? Tem-se confundido o valor das coisas com o valor das pessoas, tem se dado demasiada importância às conveniências, lucros, juros e tem se deixado de lado o carinho, a compaixão, a ternura, o amor. Será que ninguém percebe que as pessoas são o mais importante? Que dar um abraço demorado, fazer um afago, que olhar nos olhos enquanto se diz: você é especial pra mim. é na verdade o mais importante? E que isso é na verdade o que constrói uma sociedade humana. Porque isso é o que de fato nos separa dos animais a percepção dos sentimentos e que através deles nós podemos mudar a vida de outra pessoa e principalmente as nossas.
O que temos feito de nós mesmos ao fingir uma vida baseada em filosofias especulativas da antiguidade, criando mitos e cavernas para nos escondermos de nós mesmos, do que realmente somos? Somos mais que existencialismo, e metafísica somos seres apaixonantes capazes de amar e de ser amado e viver algo maior que sentimento, mas totalmente prático e verificável, o amor uns pelos outros, que há tanto foi-nos ensinados por aquele que nos criou e a que si mesmo se define como Amor.     

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Onde está meu amor?

Já faz tempo que procuro a cada passo meu aquela que me libertará,
Das garras desta solidão que me dilacera o coração e faz doer o peito;
Em meus devaneios lucubres vejo seus olhos, ouço sua voz como se,
Estivesse delirando em convalescência eterna no  meu leito solitário;
Sinto seu cheiro, e calor do seu corpo como se estivesse tentando,
Me aquecer numa noite de inverno severo, debaixo das cobertas;
Mas não há ninguém, estou sozinho em meu quarto, sentado na beira,
Da cama com a cabeça entre minhas mãos, uma lágrima quente escorre,
Pelo meu rosto caindo ao chão, olho pela janela a noite está calma tão,
Solitária quanto eu, vejo minha cama vazia me desespero caio lentamente,
Encostado na parede até o chão, choro, choro, como uma criança só;
Me arrasto para a cama com forças que nem sabia que ainda existiam em mim
E me deito ao lado daquela que em toda a natureza é capaz de te representar, rosa.

O amor



O amor é sofredor, é bom; o amor não é invejoso, não é leviano, não é orgulhoso, não é indecente, não é interesseiro, não se irrita, não suspeita mal, não é injusto, é verdadeiro; Tudo crê tudo espera, tudo suporta; O amor nunca falha; o amor é maior.  I coríntios 13

O amor de acordo com a II epistola de Paulo aos coríntios, é um bálsamo para o coração cansado de sofrer em busca de um amor. Ao mesmo tempo em que se torna um desafio uma vida a dois de acordo com esses critérios. No entanto é importante perceber que essa descrição de amor é num relacionamento. Portanto fazendo-se necessário a mutualidade dos entes que o exercem.

O que acontece muitas vezes é que algumas pessoas exigem de seus parceiros esse amor sem oferecê-lo em troca. E isso acaba por extenuar o amor até a sua morte, convertendo-o num sentimento de rancor, mágoa e até mesmo de ódio.  

E o que me deixa triste é perceber que, em casos como estes muitos se sacrificam entregando-se completamente as exigências de um par que não retribuem na mesma medida os cuidados que lhe dedicam.

E infelizmente vemos olhares tristes, opacos sem nenhum brilho nem vigor, como se estivessem inertes num mundo de névoas, que ofuscam seus olhos de contemplarem o amor que lhes rodeia, e que seria capaz de fazer-lhes sorrir como uma manhã de primavera cheia de sol, paz e calor.

Amar é mais que se sentir feliz, é mais que fazer outra pessoa feliz é fazer com que a felicidade de duas pessoas seja uma só nascida de um mesmo sentimento, o amor.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Quando durmo.

Trago em meu peito o silêncio que grita meu coração,
Chamando por quem ainda não existe ao alcance de meu olhar,
Que cansado de procurar entrega-se a solidão causada pelo entardecer,
Que declina-se por trás das palpebras de meus olhos tristes por não te achar.
E me deixo enfim adormecer.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Perdido

Em ti sei que sou mais eu
Mais humano, mais seu;
Em seus olhos sou barco
A navegar no horizonte;
Tão perto e tão longe,
De ti, de mim,de tudo que vivi;
E ainda assim se escondes
Ocultando teu céu de mim;
E vivo feito louco a procurar
Procurar, procurar por quem?

domingo, 14 de agosto de 2011

O Filho Que Eu Quero Ter

É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de ''viver" (grifo meu)
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro bei..jo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter.

                                                                                                                                Toquinho/ Vinicius de Moraes
 Esta é minha homenagens aos pais
e em memória de meu pai.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Meu presente

Tu és tão cara para mim que seria o presente mais real,
Tão bela que nenhum jardim a tua beleza é igual,
Seus cabelos me fascinam mais que o balanço das ondas do mar,
E seu sorriso é-me mais glorioso que a luz do sol à brilhar,
A lua perto de ti perde toda a sua serenidade, e se esconde,
Para não se sentir desprezada, por trás das nuvens no horizonte,
Você é o meu futuro presente, que hoje tenho que imaginar,
Para saber que eu posso amar, no presente e no futuro à chegar,
Pois só você me inspira o desejo de conjugar o verbo amar.

Medo Incorrespondido

Quando te vi a primeira vez me encantei
Seu sorriso era a brisa num dia quente
E seu olhar era um refrigério no ambiente
E naquele instante tenho certeza me apaixonei.

Aqueles momentos de mofa na academia
Não me aborreciam mais por que você sorria
Deixando-me fascinado com seu encanto
Imaginando nós dois nos amando tanto...

Ah! Por que fui me apaixonar por você?
Ser inalcançável com essa redoma eu seu dedo,
Fazendo-me escravo do amor que me consome.

Por não poder sentir de perto seu cheiro doce,
Fico o mais perto possivel tremendo de medo,
Que me descubra, e por não me amar me abandone.
.

sábado, 6 de agosto de 2011

Em suas mãos


A saudade me traz à memória,
Sua figura meiga e tão casta,
E viajo na trama de nossa história,
Como no contemplar d’uma cascata;

Ainda posso sentir seu cheiro,
E o gosto do seu beijo em minha boca,
Chego a ouvir sua voz tão rouca...
Desnorteando-me o paradeiro;

Nas lembranças do seu toque, cabelos,
E da estrada que minhas mãos percorriam,
Desvendando todos os seus caminhos;

Ao me chamares a conhecê-los,
Segurando em suas mãos seguia aonde iam,
Entregando-me ao prazer de seus carinhos.

sábado, 30 de julho de 2011

Amar é...

Amar é ver o mar no teu olhar,
É subir ao céu e mergulhar,
É ouvir a sua voz no vento,
E nunca conseguir se afastar;
Amar é com nada se preocupa,
Só com a pressa de te encontrar;
É a rosa branca do jardim que vou te dá,
Para teu sorriso desabrochar;
Ah! É sorrir sem perceber, suspirar
E pensar só em você;
Amar é quando o mundo não existe,
O tempo perde o espaço,
Quando me encontro em seus braços;
Amar é poder ter todas as estrelas do céu
E querer apenas uma, você;
Amar é quando estou com você,
Pois me sinto forte e grande,
Quando percebo que este amor,
Cabe em meus braços,
Pois o amor é você,
O meu amor é só você!


quinta-feira, 28 de julho de 2011

A flor que hei de amar

Luz dos meus olhos, que
Me desperta ao amanhecer,
Por entre os galhos das árvores,
Fazendo meu sono fenecer;

Atraindo meu olhar ao teu,
Tão claro, quanto o sol que me alumia,
Faz-me rir por ausentar-te de meu sonho,
E contemplar-te em frente a mim;

Entre as flores no jardim,  tão linda,
Que a nenhuma delas te posso comparar,
Por que és entre todas, a mais linda
De todas, que sempre hei de amar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O que fazer amor?





É intrigante o amor, a vida,
O modo de como a vida conduz o amor,
Ou o amor conduz a vida.





Derepente o que parecia ter um destino certo
Um futuro cheio somente de alegrias, paz e
Felicidade transforma-se e muda completamente.
Apesar de um cenário ilusório, mas que beira o real.
Mexendo com sentimentos alheios que pareciam
Não existirem, pois estavam dormindo no meu peito
E surgiam apenas nos meus sonhos.
Fazendo-me chorar com o futuro sonhado
E me decepcionar com algo que nunca senti
Em sua total plenitude, o Amor.

Ah! Vou  e volto, e acabo sempre esbarrando em ti
Palavra de tantos significados!

O que fazer para ter-te do meu lado?
O que fazer para não me abandonares?
O que fazer? Hein amor?
Me diz por favor!
O que faço para te encontrar e nunca te deixar fugir?
Me diz, mas só se tiveres certeza!

Por que se entrares em minha vida, amor
Nunca te deixarei partir pois nunca suportarei te perder.
Sei que sem você eu vou morrer, pois sem você amor,
Sem você não sei viver.



Não adianta me iludir com o mar azul,
Que arrebenta suas ondas de espumas brancas
Nas alvas areias da praia;
Nem com a lua cheia a povoar o céu e os meus olhos!



Por favor amor! Me respondes, se é que podes!
Responde-me o que fazer com esse medo de amar,
Que habita esse inquieto coração em meu peito?

Não vês amor que sofro, que é difícil viver sem ti?
Viver sem alguém que me dê você, e que eu te possa dar,
Para esse alguém, amor?

Não vê isso? Me diz, me diz amor, vai amor diz?
Responde para mim, para o meu coração, o que fazer?
Pois já não sei o que sinto, penso ou escrevo,
Pois se antes eras a razão do meu viver,
Agora és a desilusão que habita em meu ser.
Agora me diz... amor, o que fazer?
                                                                    

 Inspirado no filme: cidade dos anjos

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Somos

Às vezes percebemos que temos apenas
Os pequenos e curtos momentos,
Que representam toda uma vida;
Pode ser um sorvete com os amigos,
Um passeio com a namorada,
O silêncio em meio a um olhar apaixonado,
A paisagem que passa na janela,
Em um dia que se vai ao pôr-do-sol,
Em um abraço de pai,
Num carinho de mãe,
No sono de uma criança em seu berço,
Num toque, num beijo...
E percebemos que somos cadentes estrelas,
Que queimam no ar  rapidamente.

Lágrimas

Não existe saudade do que não se passou,
Talvez haja do sonho que me acordou;
Estava numa casa grande, dslumbrante e bela,
Era branca, detalhada de rente pro mar,
Mais parecia uma tela;
Eu estava dentro dela,
Na cozinha de flor na lapela,
Vendo as ondas através da janela;
Ela estava de costas preparando o café,
E de longe vinha aquela coisa pequena,
Cheia de cabelos, pés apressados e mãos pequenas,
Parecia que ia cair, me fazendo susto e tambem sorrir;
Abaixei-me depressa e a ergui em meus braços,
Lenvatei-lhe ao alto e pude lhe ouvir,
_ Olha papai!
Suas mão estavam sujas de pó de arroz,
Sua mãe olha e apenas sorri,
Aquela foi a cena mais linda que vi;
Acordei de meus devaneios e chorei,
As lágrimas foram expressão do que senti.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amizade

Quando você não está, é um silêncio,
A alma cala, tudo fica sem graça,
O céu perde a cor, o sol fica sem brilho,
Meus olhos não veem a alegria,
Que outrora reinara;
Mas quando você aparece,
A alegria renasce, o sorriso cresce,
Qual a realização de uma prece,
O silêncio vai embora,
O sol volta a brilhar,
O céu se torna azul clarinho,
E minha alma grita aos berros,
Pois tenho você comigo,
Minha amiga. meu amigo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Em seu olhar

Hoje não sei porque
Comecei a querer  achar-me:
Na luz mas encontrei teu brilho;
No céu e encontrei seu sorriso;
No ar mas apenas teu perfume encontrei;
No mar e só achei tuas lágrimas;
No horizonte e encontrei teus contornos;
Na areia e achei tua pele macia;
Nas flores e encontrei tua beleza;
No coração e achei seu amor;
E por tanto me procurar,
No pensameno me perdi, e ao tentar
Me achar encontrei-me em seu olhar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Rosabela

Me fascino olhando-a da janela
O vento parece que dança com ela
E as vezes penso que a vejo sorrir
Cercada de olhares tantos, ali
Também não resisto aos encantos
Seus, que me paralisa assim.
Ah! por quê Deus quisera então?
Te fazer rosabela sem boca, sem direção
Sem pés, sem mãos,Numa redoma de vidro,
Tão perto de meus olhos,
Mas tão distante de meu coração.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Tempestade

A chuva cai lá fora
E o frio me consome;
Sem você agora
O calor some;
Menos sua lembrança
Que não foi embora;
Despentando em meus olhos,
Uma tempestade;
Qual a que chove lá fora.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu medo de amar














Não amo pelo medo de não amar,
Não amo com medo de me machucar,
Não amo por não poder amar,
Mas por que procuro alguém que ame
Como eu posso amar;

Intensamente como fogo que consome,
Ou vinho que desce garganta abaixo,
Macio, quente e suave...
Como a lava incandescente rumando ao mar,
Ou uma cascata em sua maior vasão,
Quero alguém que me ame sem razão;

Busco alguém que me busque,
Como um mineiro busca o ouro,
Incessantemente, e mais profundo,
Alguém que me beije suave e forte,
Invadindo a minha alma como se,
O último dia fosse, me abraçando,
Como alguém abraça uma árvore,
Em dia de enchente feroz;

Quero alguém que prove meu gosto,
Sinta meu cheiro, agarre meu corpo,
E me arranque o receio que  tenho,
De machucar, e perder aquela,
Que desperta em meu peito,
O meu medo de amar.

Se tu soubesse

Se teu sorriso me ilumina como o sol
Em seu apogeu do meio dia
Não posso ver-te como um farol
Em tempestade despertando alegria.
Nos olhos cansados dos navengantes
Que  buscam-te como porto seguro.
Pois como poderia eu deslumbrar-me
Com teus encantos, se o porto que tens
Pertence a outro fustigado marujo?
Que teimas em derramar o meu pranto
Ah! minha donzela! Quem dera!
Que tu soubesse, que assim te amo,
E brilhasse em sua maior intesidade
Em seus róseos lábios de tão doce encanto
O seu sorriso aureo que desperta meu canto.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Poema



De onde vem esse ser que me inspira?
Será que vem do céu, como um anjo de Deus?
Ou será que vem das profundezas do mar,
Navegando nas espumas brancas das ondas?

Talvez venha de um raio de sol,
Para clarear minha manhã,
Ou então do orvalho da noite,
Para regar o meu amor à luz da lua.

Acho que vem da estrela mais alta,
Norteando-me pela madrugada,
Ou da flor mais bela e rara,
Perfumando minha vida farta.

Eu só sei que ela vem como um vento suave,
E me afaga lentamente, como seda na pele,
E me rendo, e me entrego, aos seus mistérios,
E morro em seus braços, feito água a derramar-se.

  

sábado, 2 de julho de 2011

Amor inconfesso




Perdoe-me, se contigo não converso,
Se não te recito mais, um simples verso,
Mas não te nego, sou réu confesso,
Do sentimento que não te expresso.

Sim, eu sei que tal errante, me matará,
Se teimar por confiná-lo dentro de mim;
Mas te respeito tanto, que não tento ousar,
Despertar, o que sei que, não terá fim.

Ah! Doce pequena! Linda morena!
Mais formosa, que a mais linda açucena,
Como eu quisera adormecer-te em meus braços.

Mas, desprotegido, dos teus gentis abraços,
Que ficaram nos meus sonhos da noite,
Choro com o frio a tocar-me como açoite.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quando eu te amei

Quando  te conheci eu te amei,
Quando eu te beijei te desejei,
Quando te toquei me extasiei,
Quando te abracei me entreguei.

De mãos dadas passeando,
De olhos fitos se conhecendo,
De alma limpa se entregando,
Deitados e o dia amanhecendo.

Queria sempre pode estar contigo,
Ser teu amante e teu amigo,
Fazer de meus braços teu abrigo;

Mas partisses para longe de mim,
Talvez porque devesse ser assim,
Uma história de amor que chega ao fim..

terça-feira, 21 de junho de 2011

Amor metade

Como poderia eu de ti escrever,
De tal forma que um infante possa entender?
Se eu em minha brevidade de viver,
Não pude ainda em meus braços te ter?

Como o sol que abraça o céu,
E a noite o esconde para o proteger,
Ou o mar que cobre a terra como um véu,
Quisera eu assim ter-te para entender;

Talvez então pudesse explicar-te à ela,
Que anda na vida sem  consolo à procurar-te,
Para enfim libertá-la de tal solidão;

Mas, como falar, se busco igual a ela,
Alguém, com quem possa enfim completar-te?
E deixe de ser amor metade, em meu coração.

sábado, 18 de junho de 2011

Amor náufrago

Fecho os olhos para ver os seus,
Duas janelas que mostram os céus,
Manto negro machetado de estrelas,
De costas no chão, deito para vê-las;

Enquanto sobre meu peito desliza,
Tua mão suavemente, pele com pele,
Sentido cada pelo meu, que alisa,
Deixo então que na noite se revele;

Meu desejo, teu desejo, de tempos idos,
Como o tempo num relógio antigo,
Desabrochar, feito tempestade, sem abrigo;

Molhando nossos corpos desprotegidos,
Navegando num barco, no meio do mar, 
Naufrangando em beijos, no prazer de amar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Soneto

Desejo tê-lo com zelo, carinho e desvelos,
Para senti-lo com meus ingênuos dedos,
E então fazê-lo meu com prazer e dores,
Que virão contigo, desejo que me feres;

Não importa o que digam se é castigo,
Posso ser louco, mas só tu és meu amigo,
Não há em outro como em ti um abrigo,
Com teu sorriso, com teu carinho me realizo;

Que me importa o passado ou o que conheci,
Não sofrerei tanto quanto sofri,
Sinto, mas enfrento à todos por ti;

Sei que de nada me esquecerei,
Os dias, as palavras, de tudo eu lembrarei,
E não mais sonharei, pois com você viverei.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Bricadeiras de infâcia

Minha infância era tão recheada de peripécias,
Que me alegro ao nela pensar,
Havia brincadeiras tantas, que faltaria papel para contar;
Mas na escola me lembro de “boto”, ou “pega-pega” brincar,
Dando voltas na escola, ficava zonzo de tanto a rodear,
Divertia-me a valer correndo pra ninguém me pegar;
Também me lembro de “esconde-esconde” me divertir,
É uma lembrança tão boa que hoje me faz sorrir;
Já em casa era outra história, o espaço era pequeno,
Brincava num balanço nos fundos do terreno;
Mas no quintal fazia meu circo chamava os amigos,
Éramos palhaços, e no teatro mendigos;
De casinha também brinquei, era marido e até beijei,
Na escolinha eu reprovei,
Mas lá no quintal, cheguei a ser rei;
No entanto o que mais me traz saudade de verdade,
Eram as brincadeiras na rua, em noite de lua,
Girávamos nas cirandas, passávamos alianças,
De fita, cor e fruta, se tinham muitas crianças;
Rouba bandeira, policia contra ladrão,
Passarás, bolinha de gude e pião,
Mamãe que passo eu dou, e garrafão;
Carrinho de rolimã, de lata de leite,
Infinca, num quadrado, ou num peixe;
Avião, pular corda, contar piada e história,
Era sempre diversão, tempo bom e precioso
Que não volta mais, ah! Não volta mais não!
Boca de forno!cara x! fizesse o que eu fiz?  

 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cuidado de amor

Você entrou em minha vida sorrateiramente,
Como um dia de verão me aquecendo a pele,
Ofuscando meus olhos, com seu brilho ardente,
Como o voo ligeiro de um pequeno anófele;

Deixando apenas a lembrança de sua presença,
Impregnada em meu sangue, e pensamentos;
Me levando ao delirio, não distinguo a diferença,
Da realidade, e confundo todos os momentos;

E em calores trêmulos, seguro em teus braços, 
Bebo de seu nectár doce como se absinto fosse,
Enlaçando-te em meus braços nus, agarro-te;

Presentindo, que com a febre embora fosse,
E ao abrir meus olhos, minha lágrima molha-te,
Pois velaste meu sono, comigo em teus abraços.

sábado, 11 de junho de 2011

Anjo

Espero te encontrar para ter a chance
De dizer tudo o que eu não disse
E assim poder tomar-te em meus braços e
Levar-te para longe de tudo isso
Ser teu anjo protetor e te amar com a minha vida
Porque você me torna puro e me torno anjo
Para te proteger de todos e me proteger de mim
Eu quisera sempre ser anjo, ser o seu anjo
E assim nunca mais chorar sozinho quando
Eu tranco a porta e ninguém  está por perto 
Nem mesmo você para me proteger de mim.
Quisera eu sempre ser anjo
Para nunca mais ter que estar sozinho
E poder estar sempre ao seu lado
E dar todo o meu amor e o meu carinho
Que fica preso dentro de mim me sufocando
Implorando para sair, mas como eu poderia deixar?
Você nem está aqui, eu ainda nem conheço o seu rosto!
Só sinto muito a sua falta, talvez você seja o meu anjo
E você não está aqui para me proteger.

Dias da infância



Um dia pensei na minha mente de criança que ser grande
Bastaria para ser forte;
Pensei que crescendo seria livre para cortar o horizonte que
Cercava-me por todos os lados;
Acreditei que no mundo dos adultos seria respeitado, e que
Minha voz teria vez;
Sonhei eu na minha ingenuidade, que no mundo dos grandes,
Eu poderia fazer tudo que uma criança é impedida de fazer;
Imaginei eu, olhando as nuvens formar desenhos no céu,
Que um dia estaria entre elas, num vôo ligeiro;
Sonhei que seria verdadeiramente feliz com uma vida plena
Realizado com meus feitos grandiosos;
Mas olhando pra minha infância é que percebo que isso tudo
Já era meu;
E que com o passar dos anos tudo foi tirado de mim;
Na minha mente duelava com gigantes, enfrentava cruéis rinocerontes
E em minhas viagens intergalácticas não me limitava o horizonte;
E no meu mundo de criança era respeitado e só me era cobrado o necessário;
E sempre que dizia sim ou não, meu direito era sempre preservado;
Ali na minha infância era rei e senhor do meu dia, pois era feliz e não sabia.

Espera


O tempo não passa
Tudo fica sem graça
Sinto a tua falta
As horas se arrastam
Quantos minutos faltam?
Ah! Esse Ap(e)rtamento!
E essa espera, que tormento!
Sem você vão me matar,
A qualquer momento.

Funeral

Quando a alma cala,
O silencioso som, sombrio;
Perscrutando a alma,
Alcança o coração.

O céu desaparece,
Os astros se apagam,
As flores murcham,
E faz-se natureza morta,
E cessa o fogo do outrora,
Arfante e deslumbrado peito.

Tudo conspira com aquele ato,
De fato, é fatalidade ou
Providencial, o cortejo funeral?