sábado, 11 de fevereiro de 2012

Silêncio

Por algum tempo o silêncio me amordaçou
Tapou minha boca, serrou meus lábios, me calou
Não podia gritar, de mãos atadas não conseguia escrever
Perambulei num mundo secreto, escondido em meu cerne
E vagueei nele por longos dias, as vezes ainda me sinto nele
É como se aqui fora tudo assumisse uma forma espectral
E lá tudo fosse mais vívido, mais real, mais...
No entanto senti minha voz querendo saltar garganta a fora
Minhas mãos ansiando por escrever e o silêncio nada pode fazer
Soltei-me livrei-me da mordaça e das amarras
E enfim Gritei. E meu grito ecoou em meus ouvidos e
A minha volta. E então o silêncio se foi.