segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu medo de amar














Não amo pelo medo de não amar,
Não amo com medo de me machucar,
Não amo por não poder amar,
Mas por que procuro alguém que ame
Como eu posso amar;

Intensamente como fogo que consome,
Ou vinho que desce garganta abaixo,
Macio, quente e suave...
Como a lava incandescente rumando ao mar,
Ou uma cascata em sua maior vasão,
Quero alguém que me ame sem razão;

Busco alguém que me busque,
Como um mineiro busca o ouro,
Incessantemente, e mais profundo,
Alguém que me beije suave e forte,
Invadindo a minha alma como se,
O último dia fosse, me abraçando,
Como alguém abraça uma árvore,
Em dia de enchente feroz;

Quero alguém que prove meu gosto,
Sinta meu cheiro, agarre meu corpo,
E me arranque o receio que  tenho,
De machucar, e perder aquela,
Que desperta em meu peito,
O meu medo de amar.

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