sábado, 3 de dezembro de 2011

O amor

O homem tende sempre a complicar o que por natureza deveria ser simples e acaba por tornar tudo mais difícil. Seja a linguagem, seja a forma de vida, seja o comportamento ou até mesmo aquilo que está mais intrinsecamente arraigado à natureza humana: os sentimentos. Por inúmeras vezes nós temos deixado que nuvens escuras encubram os nossos olhos impedindo que eles sejam vistos, como que para esconder os nossos reais sentimentos, muitas vezes baixamos a cabeça, desviamos o olhar e até fingimos sentir algo que não está ali. Só para nos gabarmos de não precisar de ninguém, mas o que acabamos descobrindo é que nós sempre precisamos. E quando percebemos isto descobrimos que é impossível não desmoronar, não revelar o quão frágil e dependente nós somos.
O que a maioria das pessoas não sabe é que há uma imensidão de pessoas por ai em sua simplicidade, que apesar de todos os perigos que a nossa atual sociedade impõe vive na simplicidade de uma criança. Quem disse que para se viver bem é necessário possuir um ipod, uma TV de plasma, ou AP de luxo? Tem-se confundido o valor das coisas com o valor das pessoas, tem se dado demasiada importância às conveniências, lucros, juros e tem se deixado de lado o carinho, a compaixão, a ternura, o amor. Será que ninguém percebe que as pessoas são o mais importante? Que dar um abraço demorado, fazer um afago, que olhar nos olhos enquanto se diz: você é especial pra mim. é na verdade o mais importante? E que isso é na verdade o que constrói uma sociedade humana. Porque isso é o que de fato nos separa dos animais a percepção dos sentimentos e que através deles nós podemos mudar a vida de outra pessoa e principalmente as nossas.
O que temos feito de nós mesmos ao fingir uma vida baseada em filosofias especulativas da antiguidade, criando mitos e cavernas para nos escondermos de nós mesmos, do que realmente somos? Somos mais que existencialismo, e metafísica somos seres apaixonantes capazes de amar e de ser amado e viver algo maior que sentimento, mas totalmente prático e verificável, o amor uns pelos outros, que há tanto foi-nos ensinados por aquele que nos criou e a que si mesmo se define como Amor.     

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