quarta-feira, 25 de maio de 2011

Teu beijo

Perdido em meus lucubres pensamentos
Nem vi a noite debruçar-se sobre a tarde
E invadir a sala com seu manto de saudade
Trazendo-me a mente doces momentos

Com o vislumbre das cortinas dançando ao vento
Parece que estou te vendo vestida de vermelho
Buscando olhar no meu olhar refletido no espelho
Mas o frio traz em si minhas lágrimas e meu tormento

Pois sem ti me torno indefeso quando o frio desce
Sem a proteção de tua pele o manto que te veste
E do teu véu que no frio madrigal me aquece

Como o sol a jovem rosa que no jardim cresce
Feito o amor desejado em resposta de uma prece
Abraso-me na lembrança do beijo que me deste.



sábado, 21 de maio de 2011

Numa rosa

Os teus lábios me chegam à lembrança
Qual a rosa em minhas mãos, tão macia
Tão frágil, tão meiga vermelha e cheirosa
E nessa lembrança viajo e rio feito criança
Respirando com ela tua doce fragrância.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

instante de saudade


Hoje nesta noite morta e pálida
Só quero deixar às claras a ti
Que a saudade me mata sem você
Oasis de meu deserto que não está aqui.
Por isso na ausência tua minha voz se cala
Fico todo triste e não posso sorrir.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

você

Por entrares em minha vida furtivamente
Como o sol a despertar de um sonho bom
Talvez por teres assim tão divinamente
Dom, de me acalmar e silenciar o som

Talvez eu possa dizer que tu és a paz
Ou quem sabe a flor nesse meu jardim
Tão árido e frio onde o meu amor jaz
Para me despertar do meu sono enfim

E contemplar em suas janelas minh’alma
E regar meus desertos lábios com teus beijos
Beijo, que me alimenta e me acalma

Em teus braços realizo meus desejos
Ouvido sua musica dizendo que me ama
Selando minha alma com teus beijos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Desejo

O homem dentro de si esconde
O desejo de viver, de lutar, vencer
Esconde o amor, o carinho
Com medo de sofrer e fazer sofrer

O homem se conhece, ou não
E por isso teme ao pensar em si
Ao pensar em se dedicar
O homem teme se revelar, e chorar

Ó homem pobre vitima aflita
Afligido pelo medo de amar
E deliberadamente amar, amar

E na sua recente descoberta
Sair do medo que causava o desejo
E desejar, só desejar, e não amar.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Meus olhos


Quando olho nos teus olhos,
Não olho apenas, mas mergulho;
Num mergulho que me permite teus olhos,
Naufragar em meus olhos sem barulho.
E ver no profundo de teus olhos,
Apesar da noite que neles reside,
Tão claro como o dia que incide,
Meu sorriso, no sorriso que tu sorriste.