Fecho os olhos para ver os seus,
Duas janelas que mostram os céus,
Manto negro machetado de estrelas,
De costas no chão, deito para vê-las;
Enquanto sobre meu peito desliza,
Tua mão suavemente, pele com pele,
Sentido cada pelo meu, que alisa,
Deixo então que na noite se revele;
Meu desejo, teu desejo, de tempos idos,
Como o tempo num relógio antigo,
Desabrochar, feito tempestade, sem abrigo;
Molhando nossos corpos desprotegidos,
Navegando num barco, no meio do mar,
Naufrangando em beijos, no prazer de amar.
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