sábado, 18 de junho de 2011

Amor náufrago

Fecho os olhos para ver os seus,
Duas janelas que mostram os céus,
Manto negro machetado de estrelas,
De costas no chão, deito para vê-las;

Enquanto sobre meu peito desliza,
Tua mão suavemente, pele com pele,
Sentido cada pelo meu, que alisa,
Deixo então que na noite se revele;

Meu desejo, teu desejo, de tempos idos,
Como o tempo num relógio antigo,
Desabrochar, feito tempestade, sem abrigo;

Molhando nossos corpos desprotegidos,
Navegando num barco, no meio do mar, 
Naufrangando em beijos, no prazer de amar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário